domingo, 7 de outubro de 2012

Andreia Dinis admite que é "um pouco mãe-galinha"

Andreia Dinis tem aproveitado uma pausa na carreira para mimar a filha, Flor, e o companheiro, o modelo Daniel Teixeira. Num próximo projeto a atriz gostaria de fazer o papel de uma vilã.
 
 
 
Tem estado afastada da TV desde que as gravações da novela da SIC 'Rosa fogo' terminaram. Entretanto, teve propostas para voltar aos ecrãs?
Para já, não. Sendo uma das caras do canal, estou à espera para ver o que virá aí. A 'Dancin days' está com audiências muitíssimo boas e a SIC tomou a opção correta de fazer mais episódios, portanto quando avançarem para uma próxima novela, penso que estejam a contar comigo.
Disse recentemente que gostaria de fazer de vilã num próximo projeto. Sente falta desse tipo de registo?
Sim, gostava de fugir um bocadinho do registo das duas últimas personagens que fiz e uma vilã dá sempre muito gosto fazer. O que gosto é de representar, mas gostava de fazer uma vilã até porque comecei a minha carreira de atriz como vilã (na novela 'Baía das mulheres', TVI) e tenho muitas saudades de fazer uma coisa nesse registo.
O que é que tem aproveitado para fazer nesta pausa longe da TV?
 
Tenho aproveitado para tratar de coisas em casa, tenho estado com as pessoas que mais amo e aproveito diariamente para matar essa ausência. Ainda tive férias, mas fiquei em Portugal, fui para fora cá dentro. Aproveitei para estar com a família, umas idas à praia e uns churrascos.
Foi mãe há quase dois anos de uma menina, a Flor. Como é que tem conseguido conciliar a carreira com a maternidade?
Quando se está a gravar é mais complicado porque o ritmo de gravações é muito intenso, os horários não são estáveis, ou seja não temos sempre os mesmos horários e portanto qualquer momentinho é para aproveitar e matar as saudades.
E quando voltar ao ritmo de gravações, como é que acha que vai ser esta mudança para a Flor?
Ela tem passado muito tempo comigo, mas como agora também começou a escolinha, acho que não vai sentir tanto a minha ausência como antes. Porque ela já tem a rotina dela, que é o "trabalho" dela. Eu é que vou ter pena de não a conseguir levá-la de manhã à escola ou não poder ir buscá-la ao fim do dia.
 
Como foi o primeiro dia na creche?
Acho que custou mais à mãe e ao pai do que a ela. Fiquei com uma lágrima no canto do olho. Obviamente sabia que ela estava bem e em segurança, mas custa sempre a adaptação. Fiquei com o coração apertado e agora como ainda estou em casa faz-me confusão que ela não ande lá de um lado para o outro.
Já conseguiu arranjar tempo para si?
Ainda não, porque só agora é que a Flor foi para o colégio, por isso ainda estou a resolver algumas coisas porque mudámos recentemente de casa. Mas aos poucos vou voltar a mimar-me. Vou deixar de ter os miminhos constantes da Flor e passar a ter outro tipo de mimos. Sinto falta de ir ginásio, de fazer desporto, de massagens, daqueles mimos de que todas as mulheres gostam.
Quando teve a Flor, disse que perdeu o peso rapidamente, mas que lhe faltava tonificar o corpo. Já o conseguiu?
 
Ainda não [risos]. Vou conseguindo aos poucos, mas ainda não tive tempo para mim, para voltar ao ativo e a um ritmo constante de treino.
Ao contrário de algumas figuras públicas, a Andreia e o Daniel (Teixeira) nunca tiveram receio de apresentar a vossa filha em público. Foi uma coisa que falaram os dois?
Sim, ela não é figura pública, por isso não tem de estar sempre a acompanhar os pais onde eles vão. Sentimos necessidade de apresentá-la às pessoas em eventos que são para ela. Por exemplo, quando foi o Dia Mundial da Criança, num evento de uma marca que é só para crianças, levei-a. Mas não faz sentido andar constantemente com ela em eventos públicos.
Perdeu recentemente a sua mãe. Ter a Flor consigo ajudou-a a ultrapassar esse momento difícil?
Sim, sem dúvida. Mas como a Flor é a princesa dos avós custava-me muito olhar para ela, nos primeiros tempos, e saber que a minha mãe não iria acompanhar os momentos mais importantes da sua vida... Não está a acompanhar aqui, mas está a acompanhar lá de cima.
 
Vai tentar transmitir à sua filha a educação que a sua mãe lhe deu a si?
Acho que sim. Gostava de ser um décimo da mãe para a Flor que a minha mãe foi para mim. Quero que ela tenha os valores que qualquer bom ser humano deveria ter. Ser consciente do próximo, generosa, bem-educada e que tenha presente os valores de companheirismo e lealdade para com o próximo.
Mudou com a maternidade?
Sinto que mudei, sim. Há pessoas que dizem que ficam mais serenas, mais calmas, mas acho que me aconteceu o oposto. Tenho muito mais preocupação em relação ao futuro, à estabilidade financeira, àquilo que posso proporcionar à Flor. Hoje, já não sou só eu e o Daniel, há ali um pequeno ser que precisa do melhor que lhe pudermos dar. E com esta insegurança que agora há no trabalho e a instabilidade económica, deixa-nos com o coração apertadinho. É levar um dia de cada vez e as coisas vão melhorar.
Como é que se organizam em casa para poupar nos gastos?
 
Fazemos reciclagem, a água liga-se e fecha-se constantemente, as luzes só estão acesas na divisão onde estamos e desligamos sempre os aparelhos quando vamos para fora, não só no comando, mas também na tomada. Pequeninas coisas, mas que se todos fizermos dá resultado. Quando era miúda, não se falava em reciclagem, ou se se falava, era muito pouco divulgada e nem havia ecopontos. Isto só mudou a partir do momento em que houve uma consciencialização das pessoas. Assim que saí de casa, foi uma das coisas que comecei logo a fazer e os meus pais também, contagiei-os.
 
Tanto a Andreia como o Daniel, que é manequim, têm carreiras ocupadas. Com uma filha pequena, como arranjam tempo para namorar?
 
Às vezes, conseguimos [risos]. Agora estamos os dois numa fase mais parada a nível profissional, a nível pessoal não tanto porque mudámos de casa e ainda temos muita coisa para organizar. Só agora com a ida da Flor para a escola é que conseguimos fazer algumas coisas, que não eram possíveis com ela a correr de um lado para o outro da casa. Mas temos momentos nossos e aproveitamos para namorar, sim.
 
Têm alguém de confiança com quem a deixar?
 
Ela fica com a madrinha, com o avô, arranjamos sempre quem fique com ela. Nunca fomos um fim de semana para fora, mas fico descansada. Sei que ela fica bem e é um crescer diário, tanto no papel de filha como no de mãe. Ainda há alturas em que fico com o coração apertadinho, mas faz parte. Acho que sou descontraída, mas também sou um bocadinho mãe-galinha.
 
Já têm planos para casar?
Não, estamos muito bem. Não quero mudar nada, o casamento nunca fez parte dos planos. O Daniel não faz a mínima questão, não liga à instituição casamento e portanto, somos casados de sentimento e isso é o mais importante. Não quer dizer que, de hoje para amanhã, não possa acontecer, mas não é algo que faça parte dos nossos planos.
 
 
Fonte: JN

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