Andreia Dinis tem aproveitado uma pausa na carreira para mimar a filha, Flor, e
o companheiro, o modelo Daniel Teixeira. Num próximo projeto a atriz gostaria de
fazer o papel de uma vilã.
Tem estado afastada da TV desde que as gravações da novela da SIC
'Rosa fogo' terminaram. Entretanto, teve propostas para voltar aos
ecrãs?
Para já, não. Sendo uma das caras do canal, estou à espera para ver o que
virá aí. A 'Dancin days' está com audiências muitíssimo boas e a SIC tomou a
opção correta de fazer mais episódios, portanto quando avançarem para uma
próxima novela, penso que estejam a contar comigo.
Disse recentemente que gostaria de fazer de vilã num próximo projeto.
Sente falta desse tipo de registo?
Sim, gostava de fugir um bocadinho do registo das duas últimas personagens
que fiz e uma vilã dá sempre muito gosto fazer. O que gosto é de representar,
mas gostava de fazer uma vilã até porque comecei a minha carreira de atriz como
vilã (na novela 'Baía das mulheres', TVI) e tenho muitas saudades de fazer uma
coisa nesse registo.
O que é que tem aproveitado para fazer nesta pausa longe da
TV?
Tenho aproveitado para tratar de coisas em casa, tenho estado com as pessoas
que mais amo e aproveito diariamente para matar essa ausência. Ainda tive
férias, mas fiquei em Portugal, fui para fora cá dentro. Aproveitei para estar
com a família, umas idas à praia e uns churrascos.
Foi mãe há quase dois anos de uma menina, a Flor. Como é que tem
conseguido conciliar a carreira com a maternidade?
Quando se está a gravar é mais complicado porque o ritmo de gravações é muito
intenso, os horários não são estáveis, ou seja não temos sempre os mesmos
horários e portanto qualquer momentinho é para aproveitar e matar as
saudades.
E quando voltar ao ritmo de gravações, como é que acha que vai ser
esta mudança para a Flor?
Ela tem passado muito tempo comigo, mas como agora também começou a
escolinha, acho que não vai sentir tanto a minha ausência como antes. Porque ela
já tem a rotina dela, que é o "trabalho" dela. Eu é que vou ter pena de não a
conseguir levá-la de manhã à escola ou não poder ir buscá-la ao fim do dia.
Como foi o primeiro dia na creche?
Acho que custou mais à mãe e ao pai do que a ela. Fiquei com uma lágrima no
canto do olho. Obviamente sabia que ela estava bem e em segurança, mas custa
sempre a adaptação. Fiquei com o coração apertado e agora como ainda estou em
casa faz-me confusão que ela não ande lá de um lado para o outro.
Já conseguiu arranjar tempo para si?
Ainda não, porque só agora é que a Flor foi para o colégio, por isso ainda
estou a resolver algumas coisas porque mudámos recentemente de casa. Mas aos
poucos vou voltar a mimar-me. Vou deixar de ter os miminhos constantes da Flor e
passar a ter outro tipo de mimos. Sinto falta de ir ginásio, de fazer desporto,
de massagens, daqueles mimos de que todas as mulheres gostam.
Quando teve a Flor, disse que perdeu o peso rapidamente, mas que lhe
faltava tonificar o corpo. Já o conseguiu?
Ainda não [risos]. Vou conseguindo aos poucos, mas ainda não tive tempo para
mim, para voltar ao ativo e a um ritmo constante de treino.
Ao contrário de algumas figuras públicas, a Andreia e o Daniel
(Teixeira) nunca tiveram receio de apresentar a vossa filha em público. Foi uma
coisa que falaram os dois?
Sim, ela não é figura pública, por isso não tem de estar sempre a acompanhar
os pais onde eles vão. Sentimos necessidade de apresentá-la às pessoas em
eventos que são para ela. Por exemplo, quando foi o Dia Mundial da Criança, num
evento de uma marca que é só para crianças, levei-a. Mas não faz sentido andar
constantemente com ela em eventos públicos.
Perdeu recentemente a sua mãe. Ter a Flor consigo ajudou-a a
ultrapassar esse momento difícil?
Sim, sem dúvida. Mas como a Flor é a princesa dos avós custava-me muito olhar
para ela, nos primeiros tempos, e saber que a minha mãe não iria acompanhar os
momentos mais importantes da sua vida... Não está a acompanhar aqui, mas está a
acompanhar lá de cima.
Vai tentar transmitir à sua filha a educação que a sua mãe lhe deu a
si?
Acho que sim. Gostava de ser um décimo da mãe para a Flor que a minha mãe foi
para mim. Quero que ela tenha os valores que qualquer bom ser humano deveria
ter. Ser consciente do próximo, generosa, bem-educada e que tenha presente os
valores de companheirismo e lealdade para com o próximo.
Mudou com a maternidade?
Sinto que mudei, sim. Há pessoas que dizem que ficam mais serenas, mais
calmas, mas acho que me aconteceu o oposto. Tenho muito mais preocupação em
relação ao futuro, à estabilidade financeira, àquilo que posso proporcionar à
Flor. Hoje, já não sou só eu e o Daniel, há ali um pequeno ser que precisa do
melhor que lhe pudermos dar. E com esta insegurança que agora há no trabalho e a
instabilidade económica, deixa-nos com o coração apertadinho. É levar um dia de
cada vez e as coisas vão melhorar.
Como é que se organizam em casa para poupar nos gastos?
Fazemos reciclagem, a água liga-se e fecha-se constantemente, as luzes só
estão acesas na divisão onde estamos e desligamos sempre os aparelhos quando
vamos para fora, não só no comando, mas também na tomada. Pequeninas coisas, mas
que se todos fizermos dá resultado. Quando era miúda, não se falava em
reciclagem, ou se se falava, era muito pouco divulgada e nem havia ecopontos.
Isto só mudou a partir do momento em que houve uma consciencialização das
pessoas. Assim que saí de casa, foi uma das coisas que comecei logo a fazer e os
meus pais também, contagiei-os.
Tanto a Andreia como o Daniel, que é manequim, têm carreiras
ocupadas. Com uma filha pequena, como arranjam tempo para namorar?
Às vezes, conseguimos [risos]. Agora estamos os dois numa fase mais parada a
nível profissional, a nível pessoal não tanto porque mudámos de casa e ainda
temos muita coisa para organizar. Só agora com a ida da Flor para a escola é que
conseguimos fazer algumas coisas, que não eram possíveis com ela a correr de um
lado para o outro da casa. Mas temos momentos nossos e aproveitamos para
namorar, sim.
Têm alguém de confiança com quem a deixar?
Ela fica com a madrinha, com o avô, arranjamos sempre quem fique com ela.
Nunca fomos um fim de semana para fora, mas fico descansada. Sei que ela fica
bem e é um crescer diário, tanto no papel de filha como no de mãe. Ainda há
alturas em que fico com o coração apertadinho, mas faz parte. Acho que sou
descontraída, mas também sou um bocadinho mãe-galinha.
Já têm planos para casar?
Não, estamos muito bem. Não quero mudar nada, o casamento nunca fez parte dos
planos. O Daniel não faz a mínima questão, não liga à instituição casamento e
portanto, somos casados de sentimento e isso é o mais importante. Não quer dizer
que, de hoje para amanhã, não possa acontecer, mas não é algo que faça parte dos
nossos planos.
Fonte: JN
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